O PEQUENO PECADO

O respeito com o próximo não está apenas no fato de não nos matarmos. Longe disso, está nas pequenas atitudes comuns que demonstram o quanto somos civilizados.

Sexta-feira, dia 19/10/2007, encontrei esse belo Fiat Stilo, placa DWO-8868, estacionado dessa maneira no shopping Ibirapuera, precisamente às 21:37.

Pensei comigo qual seria o motivo (ou desculpa) para vê-lo largado assim.

1) O proprietário não sabe estacionar.
Nesse caso não deveria estar dirigindo. Não deveria nem ao menos ter recebido a carteira de habilitação.

2) O proprietário estava com pressa.
Ele e mais milhões por São Paulo estavam com pressa. Se cada um achar que isso é motivo para fazer o que bem deseja no trânsito...

3) O proprietário não se importa, afinal ele é superior a "essas normas banais".
Isso acontece o tempo todo. E começa nessas pequenas atitudes. Até chegar aos desmandos escabrosos na política, aos acidentes horríveis nas estradas, por que seus autores se sentem "maiores" que o todo. Indivíduos acima da lei.

De qualquer maneira me peguei imaginando o que poderia fazer um segurança do shopping caso tentasse advertir esse mesmo proprietário ao vê-lo saindo de seu veículo. É bem capaz que antes mesmo de se pronunciar, esse hipotético segurança tenha antevisto que poderia ser desqualificado pelo cliente que poderia afinal ser "alguém". Alguém capaz de até mesmo reclamar com o shopping e colocar seu trabalho em risco.
De repente é melhor fazer de conta que nada aconteceu.

E é assim, nos pequenos pecados cotidianos que contruímos o inferno na terra.