terça-feira, outubro 09, 2007

PÉ DE CHUMBO OU DE CANA?


Advogado diz que promotor estava sóbrio e que acidente foi "fatalidade"

Diante dessa manchete e talvez movido por uma dose de masoquismo por já imaginar o que me esperava descobri que um senhor, PROMOTOR Wagner Juarez Grossi, na noite do dia 07/10/2007, domingo, por volta de 21:30 entrou na contramão de uma rodovia em Araçatuba-SP e chocou seu veículo frontalmente contra uma moto onde estavam um casal e seu filho menor de idade, matando-os.

É trágico.

Mas a notícia em si torna quase engraçado o fato graças ao
ilústre advogado do nobre promotor que tenta defender o indefensável.

Sim, pois a sequencia de informações do local do crime dadas pelos policiais e testemunhas são combatidas pelo advogado do acusado como se houvesse um complô contra seu cliente.

Em outra manchete encontrei:
Promotor embriagado invade contramão e mata três em SP.

Vejamos alguns trechos memoráveis, colocados na ordem da matéria:

O advogado, Eduardo Cury, afirmou que seu cliente estaria passando a noite do dia 08/10 em Araçatuba, onde mora, recebendo medicação.

Mas ele não soube dizer que medicação. Nem para o que. Nem que tipo. Ele não foi capaz de dizer NADA sobre a medicação.

Cury negou que o promotor estivesse "visivelmente embriagado", como constatou um policial que atendeu a ocorrência.

> OK, vamos imaginar que era um policial que não sabia diferenciar uma pessoa embriagada e alguém muito chocado por ter matado três pessoas!


Afirmou também que, em razão de estar escuro, não era possível que alguém visse algo em sua mão. Um parente da vítima disse que ele segurava uma latinha de cerveja quando saiu do carro.

> Óbviamente. Imagine, você viu três parentes seus serem mortos na estrada, você não saberia diferenciar uma latinha de cerveja na mão do motorista causador do acidente de um celular, por exemplo.


"Ele não bebeu. Ele estava transtornado em virtude de ter acabado de sair do acidente. Ele tinha batido a cabeça também, o que gerou posteriormente atendimento médico."

A Secretaria da Segurança informou que o promotor não autorizou a retirada de sangue para o exame de dosagem alcoólica depois do acidente. No entanto, foi constatada "embriaguez moderada" em exame clínico.

> Faz sentido! Eu causo um acidente que mata três pessoas, afirmam que estou bêbado, o melhor a fazer é me recusar a provar que não estou! Afinal é uma questão de honra!


Antes de entrar na rodovia, segundo Cury, seu cliente estava "arrumando um motor". O advogado não quis dar mais detalhes sobre onde o promotor estava antes da colisão que matou as três pessoas.


> Esse é um fator importantíssimo! Já que ele estava arrumando um motor, não poderia estar embriagado na contramão matando gente, faz sentido! Antes do acidente ele devia estar rezando em uma missa ou culto religioso.

Sobre a caixa com cervejas geladas encontrada dentro do veículo do promotor, o advogado disse desconhecer o fato. "O que nós percebemos é que havia alguns iogurtes."

> Confesso que essa foi a parte onde eu quase ri. Afinal, cervejas gelas e iogurtes tem o mesmo formato e tamanho. Deve ser tudo intriga da oposição.

Cury afirmou que Grossi não tinha condições de atender a reportagem na noite de hoje.

> Vai ver ele estava ocupado orando, como antes do acidente...

Podemos ter certeza de que por se tratar de um promotor, ele não poderá ser julgado (como a maioria não-promotor também o é) pela justiça comum.

Seria até mais engraçado se não fosse tão trágico.